quinta-feira, 10 de março de 2011

"CONVITE de JESUS"



Ele é um jovem alto e de porte elegante. Adentra Roma, a Cidade Eterna, com esperança no coração. Vem em busca de trabalho.

Naquele início do século quarto, o jovem artista deseja um lugar para se apresentar e garantir o sustento próprio. No paredão do aqueduto vê um cartaz: "O circo necessita de músicos, malabaristas, atores para representações."

O coração do jovem bate forte. Ali está a sua grande oportunidade. O circo necessita de artistas. Ele é um artista.

Mas, Domiciano não sabe como chegar ao circo. A noite já começa a desdobrar seu manto negro sobre a Terra, enquanto ele principia a procurar o circo.

Há muita gente nas ruas. Todos parecem seguir para uma mesma direção. São mulheres e crianças, velhos e jovens como ele.

Ao contemplar-lhes os rostos, Domiciano percebe que todos estão felizes. "Ora", pensa, "são outros candidatos ao circo." E segue-os.

Rumam para fora da cidade e na medida que ganham as cercanias, o número de pessoas cresce. Domiciano pensa na concorrência. Seria bom que não fossem tantos.

Contudo, os caminheiros não chegam ao circo, mas ao portão de uma quinta às escuras, quase oculta por entre espesso arvoredo.

Um homem a todos recebe e a cada recém-chegado diz:

"Seja bem-vindo!"

Domiciano está intrigado. Apesar do grande número de pessoas, ainda confia que apresentará sua performance e conseguirá o emprego.

À luz de tochas de resina, um homem alto, de grisalhas barbas, adentra o local. Todos começam a cantar baixinho.

"Pois então", pensa Domiciano, "não é que estão ensaiados." Todos sabem o hino que ele tenta acompanhar.

As palavras lhe entram no coração.

São palavras mansas, a música é suave.

Fala de um Reino além deste Mundo. Ele se sente transportado a uma esfera diferente. Emociona-se. Sente os olhos úmidos.

Distribui-se um pedaço de pão, do qual ele mesmo se serve, com emoção. Depois, o homem grisalho relembra palavras e feitos de um outro Homem, chamado Jesus.

Fala do princípio da caridade, do amor entre as criaturas, do abandono aos bens da Terra, do trabalho e canseiras da Terra, das alegrias do Céu.

O jovem ouve e ouve. Não, aquilo não é o circo. Ele se enganou. Porém, seu coração lhe diz que aquele é um grande dia.

Ao terminar a reunião, ele se aproxima do orador da noite e lhe fala:

"Cheguei aqui por acaso, mas quero ficar."

O outro o abraça e lhe diz:

"Nós te aceitamos. Mas não creio que chegaste por acaso. Alguém te trouxe."

"Quem?" Pergunta Domiciano.

E o próprio coração responde: "Jesus."

* * *

Jesus todos os dias renova o Seu convite às criaturas para que se acheguem à Sua mensagem e ao Seu coração.

Para cada um, um convite especial.

Você já recebeu o seu e o entendeu?

* * *

Jesus é o mesmo ontem, hoje, sempre. Amor não amado prossegue amando. Seus braços abertos na cruz do martírio continuam abertos para abraçar a Humanidade inteira. Seus irmãos.
 
 

Texto da Redação do Momento Espírita 

segunda-feira, 7 de março de 2011

"SIMPLESMENTE JESUS"

Foi numa época sufocada pelo materialismo.
Foi num período onde o homem havia descambado para o terreno acidentado da violência e da luxúria.
Foi num tempo onde as festas regadas a vinho  e a vícios tomavam conta dos palácios.
Os mais fracos eram humilhados pelos mais poderosos.
O povo oprimido se deixavam envolver pelo fanatismo e pelos rituais que cegam a fé.
Ele veio....
Surgiu...simples,sozinho,andar calmo,gestos suaves e um olhar inesquecivel.
Não fez acompanhar de nenhum exército.
Não usou espada.
Não fez alarde.
Ele veio.....
Quem é ELE?
Se quiser,a própria encarnação do AMOR.
Se quiser,o maior expoente do AMOR DIVINO.
Se quiser, o MESTRE dos MESTRES.
Se quiser,o AMIGO Inseparável de NOSSOS CORAÇÕES.
Se quiser,o MODELO e GUIA.
Talvez o vocabulário humano seja pobre demais para defini-lo.
Então digamos que ELE é.....
SIMPLESMENTE  JESUS!!!!!!!!!!!!!!

Alma Aprendiz

domingo, 6 de março de 2011

"CARNAVAL"

O Brasil é um país de inúmeras festas.
É assombroso o número de feriados no calendário anual.
Mas, se somarmos os dias que são emendados, teremos ao longo do ano, mais de quinze dias parados. Segundo especialistas do assunto, os prejuízos são enormes para o País.
Agora, nesta época, temos o feriado de carnaval.
Em alguns lugares perde-se mais de uma semana de trabalho.
É o festejo da alegria num País de quase 40 milhões de miseráveis.
Desde o início de janeiro a mídia vem explorando as folias de Momo, como se fosse o acontecimento mais importante do ano.
Fala-se em alegria, festa, colocar para fora as angústias contidas durante o ano passado. Infelizmente os caminhos propostos nada têm a ver com alegria ou alívio de tensões.
Ligamos a televisão e ouvimos a batida repetitiva das escolas de samba, cujo valor folclórico e cultural foi lentamente sendo perdido. Há muita gente que busca fazer do carnaval um momento de esperança, oportunizando empregos, abrigando menores e isso é muito valioso.
Entretanto, o grande saldo da festa se resume em duas palavras: ilusão e sensualidade.
Referimo-nos à ilusão dos entorpecentes, dos alcoólicos.
A ilusão de grandeza, que falsamente produz um imenso contraste entre a beleza da avenida e a subvida dos barracos.
Falamos da sensualidade que se torna material de venda, nos corpos desnudos e aparentemente felizes por fora, mas muitas vezes profundamente infelizes por dentro.
As emissoras não cansam de exibir os bailes, os concursos de fantasias, os desfiles, levando-os a todos os que se comprazem em observar a loucura.
Mas, ao longo do caminho, multiplicam-se os doentes de Aids, os abortamentos, a pobreza e o abandono, a violência.
Com o risco de sermos taxados de moralistas, num tempo em que se perdem as noções de moralidade, não podemos deixar de analisar criticamente esses disparates do mundo brasileiro.
Em nenhum momento nos colocamos contra a alegria. Porém, será justo confundir euforia passageira com alegria real?
Alegria de verdade seria viver num lugar onde não houvesse fome, violência, tráfico de drogas e tráfico de influências.
Não podemos nos colocar contra o alívio de tensões. Entretanto, alívio real seria encontrar um caminho para os graves problemas pelos quais o País atravessa.
O carnaval é bem típico da alienação espiritual que a sociedade se permite. De um lado, as falsas aquisições sociais de alguns, negadas pela agressividade de muitos; de outro, a falsa felicidade de quatro dias de folia, e 361 dias de novas e renovadas angústias.
Vale a pena?
Nestas horas, pessoas embriagadas, perdidas, usam um segundo de falso prazer, em troca de um enorme tempo de arrependimentos. Por quê? - perguntamos.
As pessoas pulam, vibram, e nem ao menos sabem o motivo da festa. Vão porque as outras pessoas também vão.
Enquanto a sociedade agir desta forma, sem personalidade digna, dando valores justamente aos desvalores, as pessoas continuarão sofrendo as conseqüências de seus próprios atos.
Vamos fazer destes dias de feriado, dias de alegria verdadeira, em paz conosco mesmos.
Vamos meditar, ler, pensar. Vamos conviver com nossa família e amigos, trocar idéias salutares.
Vamos orar também por aqueles que ainda não tiveram consciência de fazer o bem conforme o Cristo nos recomendou, e padecem nestes instantes de euforia descontrolada.
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita